domingo, maio 13, 2007

A vida que foi não foi



Uma desabrochou, linda exuberante;
a outra dobrou, murchosa despetalante.

A rosa, suave amor;
a amarela, bílis-rancor.

Mas o perfume, rancorosa,
exalava a amarela;

A outra, primavera,
não passava de uma rosa.

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Proposta:
Foto e texto integram o poema como partes indissociáveis, ambos de minha autoria.

Um comentário:

Tiago Rocha disse...

fixe-se na rosa
mesmo enquanto
inodora embora